quinta-feira, junho 6

Robôs estão sendo programados para ajudar alunos em salas de aula


Editora Globo
MONITOR MECÂNICO: Estudantes na escola primária Topcliffe, em Birmingham, na Inglaterra, interagem com o robô adaptado à sala de aula
Cientistas da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, querem mudar a forma como crianças podem aprender na sala de aula do século 21. E a solução veio personificada nos Naos, pequenos robôs fabricados pela francesa Aldebaran Robotics.

Batizados de Max e Ben, a dupla androide está sendo treinada para funcionar como tutora para os jovens alunos. “Estamos dotando esses robôs de novas capacidades, como o reconhecimento de frustração e incompreensão entre as crianças”, explica Ginevra Castellano, líder do projeto Emote (tutores com percepção incorporada para aprendizagem baseada em empatia, na sigla em inglês).

Pré-programado de fábrica para permitir uma série de interações, o software dos Naos, chamado de Naoqi, é open source — permitindo, portanto, que o cliente o personalize para desenvolver habilidades específicas, como estão fazendo os pesquisadores ingleses para esta monitoria.

Numa sala equipada com uma tela touchscreen, o aluno pode mostrar onde tem dificuldades e conversar com o pequeno robô, que, apesar da voz sintética, consegue perceber emoções e reagir com a mesma ênfase.

Conectados a um servidor, via internet, os Naos podem processar os sons e imagens que chegam através das duas câmeras digitais (que ficam na “boca” e na “testa”) e quatro microfones, estrategicamente posicionados ao longo de sua carcaça de 58 cm. Os robôs também vêm equipados com sensores nas mãos e cabeça que lhes permitem sentir através do toque. Sonares posicionados no peito tornam possível que eles se direcionem ao interlocutor e detectem obstáculos.

Assim, depois de escanear o estudante de cima a baixo, o Nao começa a organizar as informações para que elas tenham sentido e, a partir disso, possa cumprir sua função. E após detectar as dúvidas, o Nao escolhe uma reação aos dados, como, por exemplo, consultar a Wikipedia.

Se houver dúvidas na lição de casa e o robô não estiver presente, basta acionar sua versão 2D pelo smartphone ou PC. “É um projeto que levará dois ou três anos”, afirma Castellano, ao tentar prever quando eles chegarão, de fato, às salas de aula. Ela explica que os testes estão prestes a começar: “Vamos nos focar nas disciplinas científicas, que são mais difíceis de abstrair. Mas começaremos com Geografia”. A viabilidade do projeto, no entanto, ainda depende do preço comercial que os robôs podem ter, o que , de acordo com os criadores, ainda não é possível estimar. 
Fonte: Galileu.com

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